MEUS DEVANEIOS
MEUS DEVANEIOS
Sou um veículo
desgovernado,
ando de costas,
de frente e de lado.
Não tenho rumo,
nem plumo,
sou cega,
diferente, enlouqueço
minha própria mente...
Não choro ,
sorrio, aqueço
meu próprio frio.
Fiz de minha estrada,
meu labirinto,
nele, expresso
o que sinto...
Busco minhas vontades,
minhas loucuras,
meus amores ,
minha postura.
Revivo meus anseios,
dou asas aos meus devaneios...
Em minha plenitude desvairada,
sem rumo, desgovernada,
lanço no o ar o aroma
do desejo de ser amada....
SONIA BRUM