Inquietação do poeta
“Ser ou não ser... eis a questão”
Talvez não seja nada disso não
O que importa é que haja uma razão
Que haja consciência... e opinião!
Ser ou não ser... importa não
Desde que haja a chama da paixão
é o bastante ter a intenção
que simplifica cada decisão
Ser ou não ser... há condição?!
Não vejo com bons olhos a afirmação
Parece apenas um mero chavão
palavras estéreis que soam em vão
Não posso concordar com o refrão
Que insiste numa falsa indagação
Se não convence, causa sensação
Como se fosse uma solução!
Ser ou não ser... que perdição
Uma fria e sombria sugestão
Por si só, já indica negação
Causando mera insatisfação
Ser ou não ser... inquietação
Sofre-se por antecipação
Jogo de palavras... alienação
De quem é desprovido de ambição
Ser ou não ser... é convenção
Tentativa de manipulação
Sórdida e mística ilusão
Tola e bizarra pretensão
Como lamento toda essa confusão
Alegoria vaga de emoção
Ser ou não ser... importa não
Pois não é esta a questão!