DÓI
Dói aquela ausência!
Dói continuamente
Uma, outra e outra vez.
Dói no natal, no ano novo
No dia de reis.
Dói porque à noite não me espera mais
Nem reza em incontáveis contas
Dói o não beijo de despedida
Com as malas prontas.
Dói a chegada, a casa vazia,
Dói cada momento dor imponente,
Dói e traz pânico, descontrole total
Que invade, corpo alma e mente.
Está impregnada em cada canto,
A casa assusta não mais é abrigo
Dói a canção do Roberto quando diz:
Meu querido, meu velho, meu amigo.
Dói e sei que ainda vai doer
Nos dias que virão...
Em varias datas do ano
Dias especiais de celebração.
Dói na alma dói feito açoite
Uma dor que vem do nada.
Dói dilacerando tudo
No dia gélido, na noite sombria,
Na madrugada.
Dói ouvir antigas canções
Dói sentir antigas sensações
Dói viver e reviver tudo
Dói e às vezes essa dor
Parece maior que o mundo