No ventre da poesia
Quando você não estava comigo, na sua ausência,
perdi o mundo, perdi o juízo.
Perdi o colorido dos sonhos em alguma trilha bifurcada
de uma estrada longínqua , agora não,
vejo o sol e nele está você.
Ainda hoje, logo cedo, me levantei senti algo diferente,
não foi uma imagem, ou pensamento, foi um sentimento.
Como uma sementinha que sente o olhar do sol,
o calor e as águas das chuvas, está brotando,
rasgando a casca dura externa, rompendo com vida,
daquele jeito, esta nascendo em mim.
O tempo para sua gestação é sem entusiasmo,
ou ansiedade, simplesmente parece amor de verdade.
O tempo nos leva para a serenidade,
posso ver ao meu redor, olhares, posso me colocar
na clave do sol e cantar uma cancão.
Não tenho coragem de falar mais, quando
estou tímida, me calo, fala por mim,
na existência do amor no ventre da poesia,
que de olhos fechados, conhece o caminho.