A multidão que havia - ou abaixo vivia - na Terra das Pedras, foi varrida por "Coisa Invisível e Horrível" que jorrava em segundos tal qual gordura que desaparece num ralo. E na parte alta, numa praça; o som do baião ainda corria até toda a madrugada, lenta e chuvosa. "De onde vem a água?", "De onde vem água?".

Somente quando o cheiro de amendoim e milho verde sumiu, dando lugar a um odor de coisa estragada boiando no rio... Foi que a banda parou de tocar, o prefeito chorou e o Diabo sorriu, o forró desabou... a quadrilha arriou os instrumentos no chão e até o sol que cobria a lua cheia deu as costas e partiu. Um uivo de pranto tomou conta dos 4 cantos...

A coisa horrível, invisível se foi. A Terra das Pedras tocou a vida adiante? tocou ... como um zabumba que empurra, empurra... num mágico encanto. Mesmo faltando metade, mesmo faltando um tanto... mesmo que o povo, de perguntar e lamentar não parasse. De tanta falta, de tanta mágoa...

“De onde vem a água?”, "De onde vem a água?"