ODE AOS CARETAS
aos homens de marte
em apressada marcha com seus estandartes
suas claques de zumbis em pandemônio
aos homens de pouca vontade
enclausurados em seus castelos de argila
em suas paróquias de muito barro e nenhum deus
aos homens de ontem
em sua inglória luta contra a luz do dia
em seus delírios de peter pan
aos homens de sempre
em suas torres de controle
tentando em vão calar o sorriso da monalisa
aos homens da ordem e do progresso
em suas taras tabuladas em armários
inventando pecados e curas demais
aos homens de santa sé
e seus milhares de mandamentos
de olhos fechados à nudez do corpo de cristo
aos homens da pátria
com seus estribilhos retumbantes
habitando um olimpo de deuses ultrapassados
a todos vocês
capatazes de um mundo de órbita pequena
menestréis de um hino já desbotado
a todos vocês
ofereço toda a minha ode