Tensão na Mansão
Pelo vitrô dentro de uma casa bem lá na frente;
Vejo um vulto diferente, mal posso compreender;
Me aproximo de tanta curiosidade;
Porque este vulto na verdade, chega a me surpreender...
E por detrás de uma cortina transparente;
Sob uma luz fosforescente vejo um jovial ser;
Que aparenta quinze anos mais ou menos;
Mas pelo o que eu fiquei sabendo;
Nesta casa não existe ninguém a viver...
E eu me perco diante de tamanha incerteza;
Aquele ser não me era familiar também;
Sua vestimenta embora um tanto elegante;
Seu ar é provocante e não me lembra ninguém...
Se retrocede num instante tão austera;
Com um gesto leniente joga ao chão uma flor;
Ela se curva sobre a cama lentamente;
E compulsoriamente ela solta ruídos de dor...
No desespero de uma cena tão esquisita;
Minha respiração diminui e baixo a cabeça de tensão;
Em um piscar de olhos, ao reerguer minha cabeça;
Eu a vejo de pé do outro lado do vidro daquela mansão...
Ela contempla o meu rosto fria e calmamente;
Com um sorriso diferente vejo seu olhar aterrador;
Eu apavorado mesmo com o vitrô quase fechado;
Num pavor desesperado quase morrendo de horror...
Discretamente sai para o quarto e fecha a porta;
Logo depois ela volta tinha ido se trocar;
E se esconde em uma capa encardida;
Sob uma luz mortiça que esta quase a se apagar...
Nesta penumbra devagar ela vem se aproximando;
Suas mãos vão levantando como para me agarrar;
A luz se apaga, ouço um urro terrível e vidro range;
Sinto um hálito frio na minha frente e me sinto arrepiar...