Por um instante
E a poesia mais linda
Recitei de gole em gole
Como se bebe água
Nostálgica como era
Precisei ir devagar
As lágrimas pingavam salgada
Soluçando lendo e lembrando
Chorando e recitando
Revivendo e me matando
Uma pausa para a poesia
Pois nesta agonia
Eu não mais conseguia
Aquelas palavras me eram caras
Deixava meu semblante surrado
Minha garganta seca
Mal podia esta de pé
Quanta coisa eu disse
E mais tinha a dizer
Não mais direi
Pra que dizer.
Esmeralda