Bétula negra
uma brisa embala o verde da grama
mudas de azul, diante do azul
longe um pássaro lamenta-se
a terra treme sua tristeza
em linhas contínuas e suaves
a floresta canta
suas folhas declamam ao vento
fazendo as pazes com a mangueira
o menino queimado pelo sol
não gosta de pensar na morte
ele respira o céu
a indolência absoluta, a graça
fecha os olhos lentamente
só perdido em pensamentos
não tomba, não cai
em seu silêncio encantado
era tudo esquecível
menos a noite
que dormia na frente do oceano
como o centro da chama de uma vela