ENCONTRO DE ALMAS GENTIS

Eis que ele chegou

Não era outro, senão o amor.

Envaidecido, ele sabia, haver ali alma gentil

A perseguir da completude, o seu encanto, o seu louvor.

Andar garboso, corredor adentro...

Em cada porta ele bateu.

Carecia encontrá-la, a sublime alma,

Tomar emprestado o coração seu.

Quem sabe nele pudesse habitar?

O calor de uma morada a fazer pulsar a vida.

Seria aquele nobre coração o aconchego que vivera a buscar?

Naquela alma, para além da gentileza,

A coragem devia estanciar.

Sem medo da perda, a felicidade arriscar.

Sem medo de viver a dois, a unidade encontrar.

Alma capaz de ver na noite o presságio do amanhecer;

De ver na tempestade a bonança,

Na provação, a força;

Na vida, ainda que atribulada, a esperança.

O encontro, enfim...

Ele, altruísta, prontamente doado;

Ela, olhar cintilante, pele ardente, coração pulsante.

Sabiam, ambos, morada e morador, ser aquele o encontro, a sublimação do SER.

Eliana da Silva Gomes
Enviado por Eliana da Silva Gomes em 19/06/2020
Reeditado em 27/06/2020
Código do texto: T6982094
Classificação de conteúdo: seguro