OS SONS
O som das coisas se apagando
A página virando
Rasgando
Com todos os “RRRR”
R de Rachel
Uma guria que conheci...
O vento cortando a janela
Soprando as verdades
Que sussurras longe das vozes
Um “Wooo” com W acentuado
W de Weend, primaveril...
Batidas ao longe
E como reverberam no oco
Deste coração frio,
Um “Do do do do” infindável
Com D de Daiane
Sem solução.
Pigarreios, algo irritando
A garganta, contraste
Da límpida e santa
Do “ARRRR”
Ar de Artemisa
Sereno.
Água vazando em torrentes
Um “JAAAA” que me falta
Desde sexta-feira
Com J de Jaci
Minha fiel escudeira.
Batidas na porta
Ou som de Chaves, Jirafales
“TA TA TA TA”
Com um T sonoro
T de deixa pra lá,
São só o som de coisas
Que se apagam
Sem as verdades que falam,
Como outros sons
Que não entraram neste poema
Mas estão presentes,
Sons e nomes se apagando
Indefinivelmente.
Sirenes. Noticiário. Um S
Próximo.