DA VIDA O QUE SERÁ ...
A cada amor
pende o meu coração distraido
No meu coração
ainda
cabe o amor do mundo
Mas
nesses tempos evaporados
que me consome
do que sei
A loucura deveria caber
no louco \ na vida
Olhos que fingem não ver
não enxergam
A maldade
essa que grassa
não deveria caber na vida
nem no mundo
E o que vemos
Máquinas fúnebres
riscam avenidas iluminadas
e
incautos bestiais
invadem o asfalto
ainda
sujo de sangue
Eles não escutam as sirenes
alertando dos perigos
Eles não escutam a ladainha
dos cemitérios
Apenas
estupidamente
desdenham... desdenham ...
A vida em nós
tão temerária
do que será ???