SÍTIO DAS FAMÍLIAS BRASIS

Vamos fazer um passeio,

No sítio das famílias Brasis.

Aqui se encontra de tudo.

Até balbúrdia nos direitos civis.

Começaremos pela fauna,

Tem porcos livres no chiqueiro.

Papagaios e suas falácias.

Tatus cavam buracos demais,

Pra garantir o que lhes apraz.

Só tem urtiga braba

Se formos analisar a flora.

É coceira de abrir ferida,

O couro da população, explora.

Relevos de burocracias

O clima é quente e frequente.

As madrugadas palacianas,

Pra base é surpreendente.

Já nem sei se nesse patamar

Vale a pena falar,

Das aves que aqui gorjeiam.

Abutres sobrevoando o tempo inteiro.

Não por comida, mas sim por dinheiro.

As ervas daninhas,

No leito dos igarapés.

As ondas vem e vão,

No rito das marés.

Boiando a bailar,

Sem se preocupar,

Com a Estação a chegar.

Pode hidrelétrica se desfazer,

Sobradinho sofrer.

À grilagem, a terra pertencer.

Navio naufragar,

O fogo, a mata, tragar.

A nenhum vai incomodar.

Mamam o seio da Pátria,

Seivas minerais.

Tombam os verdes florestais,

Pra comer seus frutais,

Custos aos cofres públicos.

Se reclamares,

Dirão que estás de mi, mi mi...

Esse é o sítio das famílias Brasis.

Negra Aurea: 24/04/2020 as 11h