SOB O SOL DE OUTONO...
Talvez quando as frondosas castanheiras
começarem a perder sua folhagem
e as folhas amarelas e ressequidas dormirem
placidamente no seio da terra,
ainda possamos deixar o calor de nosso ninho
e passear de mãos dadas por ai
sob o sol de outono...
O tempo passa inexoravelmente
e amanhã talvez seja inverno
a tingir nossos cabelos e corações...
Então nos restará o cachecol de lã
e bebericar o chocolate amargo e quente
a mornar nossas saudades
escondidas sob lembranças glaciais...
Mas hoje ainda é outono,
e, ainda que os galhos desnudos
sofram um tremor quase divino,
quero dizer-te que ainda há tempo
para viver os acordes do amor e da vida...
E depois... que caia a última folha
com a leveza da morte...
IMAGENS: eu na roça ano passado
POEMA REPUBLICADO: porque essa semana o face me lembrou desssa publicação de 7 anos anos e então lembrei as condições em que o escrevi. Eu ainda tinha esperança que meu esposo ficasse bem e sóbrio. Era outono e eu sonhava que no outono seguinte tudo pudesse ser diferente. Não foi. E nunca mais será como antes. Dois meses depois ele não andaria mais sozinho e muitos sonhos ficaram sendo apenas sonhos. Mas não quero lamentar nada porque tem coisas que acontecem, talvez, para nos fazer mudar. Não sei. Enfim... De qualquer forma, a essência do poema nos exorta a viver o presente de forma plena porque um dia a folha cai. Quem pode, aproveite para sair de mãos dadas sob o sol do outono. Claro, depois da quarentena. Sempre é tempo.
POEMA REPUBLICADO: porque essa semana o face me lembrou desssa publicação de 7 anos anos e então lembrei as condições em que o escrevi. Eu ainda tinha esperança que meu esposo ficasse bem e sóbrio. Era outono e eu sonhava que no outono seguinte tudo pudesse ser diferente. Não foi. E nunca mais será como antes. Dois meses depois ele não andaria mais sozinho e muitos sonhos ficaram sendo apenas sonhos. Mas não quero lamentar nada porque tem coisas que acontecem, talvez, para nos fazer mudar. Não sei. Enfim... De qualquer forma, a essência do poema nos exorta a viver o presente de forma plena porque um dia a folha cai. Quem pode, aproveite para sair de mãos dadas sob o sol do outono. Claro, depois da quarentena. Sempre é tempo.
Abaixo deixo o link para o youtube onde postei um vídeo com a declamação do poema. Espero que gostem. Feliz domingo a todos.
https://youtu.be/n14yGPIqkKI