Uma noite e um pedaço de poliéster
declamo-te
como se fosse uma emergência
gritando-te até acabar (te)
com todas as portas abertas
apagando uma vela
desfaço-te
celo a calma
cremo-te
com dois gravetos e um rolo de barbante
pelas prateleiras, pelo peito
escolho um lado
encomendo uma lua
colunas gregas
varandas cercando a casa
arrasto-te como barulho
apago-te dos lábios
viciando-te pela chuva
por uma noite
sossegando-te até enlouquecer
fatiando-te em pensamento
declamo-te
como se fosse uma emergência
gritando-te até acabar (te)
com todas as portas abertas
apagando uma vela
desfaço-te
celo a calma
cremo-te
com dois gravetos e um rolo de barbante
pelas prateleiras, pelo peito
escolho um lado
encomendo uma lua
colunas gregas
varandas cercando a casa
arrasto-te como barulho
apago-te dos lábios
viciando-te pela chuva
por uma noite
sossegando-te até enlouquecer
fatiando-te em pensamento