Ausente

Ausente

31.01.06

Eu acaricio a solidão do meu tempo

Na doçura cristalina destes olhos

Esta dolência, ocaso e florescer da senda

Que num sopro calmo reclama minha virtude

Perfume doce, hálito caramelo

Transbordam vívidos aos quatro ventos

Sou eu mesmo a proferir a senha

Perder-me nos reinos diáfanos da ausência

Aí tenho o sorriso da lua cheia

E o colorido pesar do entardecer

Onde conjuro meu nome: resignação ubíqua

Minhas veias em silente entusiasmo calam

E aí onde estar e querer já não importa

Desvelo a intransitiva maravilha de ser, apenas.