(Nadas) mãe de todos os silencios



brota
de meus dedos
um querubim
fatias de vida
feitio de joelhos em oração.

decora,
meu interior
como se não houvesse paredes ou chão
um berço de asas
(enroscado no tempo)

planto então, silencio.
pinto dias de origami
em um vaso da dinastia Ming

o silencio mata, estuda-me
como promessa
descolorindo nadas

deslocado por seus olhos
(tal) palavra
que perdeu o direito
de me imaginar.
(...) então voa.
Vania Lopez
Enviado por Vania Lopez em 09/03/2020
Código do texto: T6884310
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