NOITES CLARAS

Pouco sono, muita vida.

É o resumo das noites poéticas, mal dormidas, bem pensadas.

Carregam em si o peso da consciência, encharcado de pêsames e lutos.

Há muito no que pensar, no que trabalhar,

mas pouco a faturar.

Na eterna barganha da vida:

noites em claro em troca de ideias noturnas que não irão durar até o amanhecer, ou ao entardecer da alma.

Pelo que parece, nossas mentes só despertam após o pôr do sol,

no cair enigmático da madrugada, no mais estridente e ensurdecedor silêncio,

onde somos tomados por rancores passados e ainda atuais.

O pobre poeta, vive em angústia e aflição, de coração partido e mente quebrada.

Pobre do poeta... pobre de mim...

G Silva
Enviado por G Silva em 27/02/2020
Reeditado em 27/02/2020
Código do texto: T6875365
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