NOITES CLARAS
Pouco sono, muita vida.
É o resumo das noites poéticas, mal dormidas, bem pensadas.
Carregam em si o peso da consciência, encharcado de pêsames e lutos.
Há muito no que pensar, no que trabalhar,
mas pouco a faturar.
Na eterna barganha da vida:
noites em claro em troca de ideias noturnas que não irão durar até o amanhecer, ou ao entardecer da alma.
Pelo que parece, nossas mentes só despertam após o pôr do sol,
no cair enigmático da madrugada, no mais estridente e ensurdecedor silêncio,
onde somos tomados por rancores passados e ainda atuais.
O pobre poeta, vive em angústia e aflição, de coração partido e mente quebrada.
Pobre do poeta... pobre de mim...