OPUS

Mesmo que as mãos de um artesão

não hajam sozinhas,

que todo corpo seja parte

dos ritos do artífice,

que a matéria que ele transforma

seja sua própria essência,

ou micro cosmos do mundo,

tudo começa através das mãos...

O que posso fazer com minhas mãos?

Conquistar, criar, saber...

Talvez algo além?

O que podem, afinal, minhas mãos?

O que ainda permanece incriado

Através do silêncio de nossas mãos?