Sangrando
Sol bonito sorrindo, refletindo alegria
Mas o corpo doía e a alma sangrava
Falatório na rua, com gente que sorria
Mas o corpo doía e a alma sangrava
Ele estava perdido no meio da multidão
Não sabia seu nome e perdeu o seu chão
Carregava no peito tatuagem de flor
O suor escorria pela face, era dor
Feito uma criança, sentou na calçada
Suas mãos tremiam, mas não dizia nada
Era dor, era mágoa, abandono ou agonia?
Não dava pra ver o que ele sentia
Mas pelo andar e o modo desalinhado
Era alma sem vida com espinhos cravados
Jane Rossi