NO CAMINHO

Indolente eu me demoro
olhando o sol no ocaso.
Estradas de pedras onde medra
ervas daninhas - espinhos,
também a rosa e o cravo.
Me levanto, vou em busca
do destino, e muito custa
alimentar a esperança,
que se esconde atrás do muro
envolvida em véu escuro.
Porém, diligente me atrevo,
sei que posso, sei que devo
tentar alcançar o seu brilho,
pois sou clara em meu afeto,
e meu passo é certo e reto.
Só por isso eu sigo o trilho.