SAUDADES DA ROÇA

E nos caminhos quebrados do meu tempo,

a roça fiz de lamento, as mãos que espocavam

ao tocar o cabo da enxada, mesmo assim aprendi

tanto, lá não se precisava de caderno ou lápis

os ensinamentos do campo, fazem com que

se valorizem as matas, as águas, a Natureza em si...

O respeito ao homem...Eu montado ali no cara branca,

um boi Zebu valente, de raça, carregava parte da colheita.

E a noite chorava, o cansaço era visível, o corpo dolorido

se encaixava no estrado da cama, dormia como nem eu imaginava, sonhava...E no outro dia ao nascer do Sol, lá estava eu novamente, caminhava para a roça que me chamava, o aprendizado continuava...

Sabia? Que mesmo assim sinto saudades...

Nem imaginava, aquela vida me encantava!