SONO ARREDIO

Êta sono arredio, teimoso, ranheta,

escapuli faceiro, não quer aconchegar,

parece de mal comigo.

O corpo pede trégua, pede paz,

pensamentos querem afrouxar,

meu sangue precisa sonhar.

Mas o sono resiste, bate o pé,

não vem nem a pau,

imerso numa prontidão insana,

tão aceso feito a alma de Deus.

Vai embora inquietação,

se manda daqui redemoinho

vai te de vez furor de furor.

Preciso repor meu gás

preciso desmoronar essa energia

preciso dormir sem travas, sem rebarbas,

preciso desligar esse turbilhão.

Oscar Silbiger
Enviado por Oscar Silbiger em 14/01/2020
Código do texto: T6841302
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