INFLAMÁVEL
Faço do vazio das onze horas a tua imagem
de vestido verde de flores do seu aniversário.
Assopro a nuvem cinza para te visitar escondido:
foi de tanto andar na sombra que fiz o meu estilo,
este de aparecer e de escapar pelo ralo do infinito.
Lembro do açaí da tua pele. O teu coração partido.
Se eu tocasse fogo nos teus buracos; se eu andasse
na tua cama e se os segundos do relógio parassem
eu buscaria a poesia de apenas um verso solitário...
No meio das onze e meia do teu poema incendiário