TEMPO FINITO...
O tempo, finito, está passando
e eu não vejo...
E eu não sinto...
Emoções vou amordaçando
e ao desejo,
sempre minto...
Meus sentimentos desfaço
e em Amor não penso.
Num vazio imenso
que aos poucos me sorve,
me engole, me absorve,
fico sem tempo nem espaço!
E fica o planger do desencanto
e de prantos no ar,
que ninguém ouve...
Com recordações me encanto...
Das ondas o marulhar,
que já não há, mas houve...
Do prodígio doce dos poentes,
da melodia suave das nascentes...
Do Amor e da Paixão frementes,
de toques sensuais doces, crescentes!