TEMPO FINITO...

O tempo, finito, está passando

e eu não vejo...

E eu não sinto...

Emoções vou amordaçando

e ao desejo,

sempre minto...

Meus sentimentos desfaço

e em Amor não penso.

Num vazio imenso

que aos poucos me sorve,

me engole, me absorve,

fico sem tempo nem espaço!

E fica o planger do desencanto

e de prantos no ar,

que ninguém ouve...

Com recordações me encanto...

Das ondas o marulhar,

que já não há, mas houve...

Do prodígio doce dos poentes,

da melodia suave das nascentes...

Do Amor e da Paixão frementes,

de toques sensuais doces, crescentes!

HELENA BANDEIRA
Enviado por HELENA BANDEIRA em 06/10/2007
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