EM VÃO

Na calada noite

No silêncio da mente

Uma lamento desperta

Desaloja o torpor

Entreabre uma nesga

Ajusta o foco

Em busca do oculto

A que se oprime

Embora exista

Vez que a negação

Deveras alivia

Arrefece a dor

Mas o que é parte

E integra o todo

Decerto sobrevive

Á espreita aguarda

Um momento insano

Em que a lucidez refregue

Para mostrar a cara

Expor as entranhas

Visto que é reverso

Polo imantado

Da moeda a coroa

Do Ser a sombra

Já que naquilo que

A luz ilumina

A consciência emerge

Facilita o trabalho

Do conhecimento pleno

Do sótão escuro

Do Ser amarfanhado

Do que em vão sufoca...

Ci Moreira
Enviado por Ci Moreira em 08/12/2019
Código do texto: T6814285
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