Céu em tons escuros na mansarda
A eternidade pode ser um segundo
Ou ter só um segundo
Ou não ter nada
E ser só um buraco profundo
Cheio de nada
Tão cheio de tudo
Que talvez perto de tudo de tudo
Possa se tornar quase nada
E isso por um segundo me deixa mudo
Tentando esvanecer de alguma maneira
Ou desanuviar meu ânimo tão inadequado
Querendo ver o mundo debaixo da escada
Sabendo que sou só uma formiga na escala
E que o inteligível não designa esse mundo.