1933

Meu coração de 1933,

Minha juventude politicamente correta,

Marginais destruindo vidraças com pedras da calça.

Meus sonhos da primeira metade do século XX,

Soterrados no olhar sério de meu pai,

No afago de minha mãe,

Todos eles foram levados para passear,

Todos eles sobreviveram à noite.

Meu coração de 1933,

Me faz crer que essa rua que outrora era invadida pela esperança,

Ainda se mantém viva.