ORA, POIS

em curvas e sinuosidades

na tela do meu olhar desenha-se o mundo:

de onde vem a lei e o fundo

o intrínseco ardor do que detrás metades

lhe faz cor, odor, sabor e som rotundo?

Ora, pois

meu trajeto cego

espectros do verbo o cetro,

imóveis decretos

tecem fios de rios disjuntos:

flui de meus olhos incertos

o desenho móbil do mundo.

Vilma Silva
Enviado por Vilma Silva em 05/12/2019
Código do texto: T6811721
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