ORA, POIS
em curvas e sinuosidades
na tela do meu olhar desenha-se o mundo:
de onde vem a lei e o fundo
o intrínseco ardor do que detrás metades
lhe faz cor, odor, sabor e som rotundo?
Ora, pois
meu trajeto cego
espectros do verbo o cetro,
imóveis decretos
tecem fios de rios disjuntos:
flui de meus olhos incertos
o desenho móbil do mundo.