Anseio por consciência

Minha única verdadeira viagem

É nos rumos indeterminados das ruas

Avenidas e esquinas tão sujas

Labirintos feitos do que o acaso produz

Só sei ser o que eu sou

Se não sei ser eu só me resta partir

Só vejo o quanto dessa carne restou

Após tormentos em que me afoguei

Só sei ser aquilo que sou

E não o molde que me imputam

Não me diluo no ambiente

A lua me abandona logo à frente

O sol esquece de acordar novamente

A alma escurece na cripta fria

Que sempre tem o desejo de calor

Desse calor que todo mundo sente.

Sombra Victorino
Enviado por Sombra Victorino em 05/12/2019
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