Anseio por consciência
Minha única verdadeira viagem
É nos rumos indeterminados das ruas
Avenidas e esquinas tão sujas
Labirintos feitos do que o acaso produz
Só sei ser o que eu sou
Se não sei ser eu só me resta partir
Só vejo o quanto dessa carne restou
Após tormentos em que me afoguei
Só sei ser aquilo que sou
E não o molde que me imputam
Não me diluo no ambiente
A lua me abandona logo à frente
O sol esquece de acordar novamente
A alma escurece na cripta fria
Que sempre tem o desejo de calor
Desse calor que todo mundo sente.