A Janela do Amanhã
Ainda que minha poesia esteja desabitada
Da certeza dela, o sonho não se evade
Pois há uma ilusão que geme, vergada
Pelo açoite da impossibilidade,
Que ainda a espreita pela fresta do poema, sem
Medo de trazê-la para o papel, na urgência
Da inspiração quase insolente, pois, quando ela vem,
Está sempre vestida de ausência...
E o verso corre solto, no afã
De traduzir a visão demente que o invade:
Ela me esperando na janela do amanhã,
Com os olhos crescidos de saudade...
Copyright©2019. Antonio Maria Santiago Cabral
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São Luís - MA