DIM DOM
Preciso retomar as rédeas da minha vida,
desde muito nas mãos ásperas da teimosia
— a de estar enterrado neste chão de mentiras
ao redor do concerto sem o som que o redima.
O seu couro resiste entre os confins da poesia
— da qual ninguém sabe o que é ou onde fica.
Ao mesmo tempo é no verso que tento a rima,
uma vez oculta e na outra quase toda explícita:
jeito de exumar as coisas das quais não sei ainda.
O poema é o sino de uma sina que nunca definha.