Caronte
carrego suas vozes
as vezes em coro
as vezes em choro
sobre os seus algozes
carrego sem perceber
carrego dores
amores e desamores
maldição e bem querer
e sozinho, quando estou
pelos orificios escorrem
meus artificios não resolvem
para expectorar o que restou
de vez em quando
enferruja o corpo
que quase morto
segue lutando