Encruzilhada do destino

Sempre a postos

Para o fim dos tempos

A fuga inevitável

Enseja o preparo

Mas, como?

Qual lugar o horizonte aponta?

As florestas queimadas

Em brasas infernais

Escorraçam o desejo selvagem

Sem passaporte

Nem barcos ancorados

O nado difícil no mar poluído

De tubarões famintos

Em metamorfose

Para onde nós iremos ?

O gozo proibido

As fantasias perigosas

A fumaça do ódio

escurece a claridade

E a poesia soa confusa

Apenas o caminho

Cheio de cacos de vidro

Ainda resiste como opção

Pé ante pé sigamos

O sangue a escorrer

Nas pedras arenosas

Eis nosso desafio