O destino

Estou num trem,

sem saber o destino.

Não olho para trás, pois,

sei que pra frente é o meu caminho.

Pessoas embarcam e desembarcam,

no vagão que meu peito carrega.

Com algumas viajo por muito tempo,

com outras, apenas uma estação.

Assim bate mais forte,

O vagão do meu coração.

Com dois olhares me guio.

São estes o olhar da mais pura inocência.

No desespero da vida,

Por ele mantenho resistência.

Não vou deixar meu trem estacionar,

antes de chegar ao seu destino atroz.

A única coisa que peço,

é que Deus nãos e afaste de nós.

Que todos façam sua viagem,

tendo apenas a certeza.

Não vale a pena interromper, pois,

no final é que existe a beleza.

Talvez seja hoje, ou amanhã, sei lá.

Quero findar com clareza

e ao final, meu destino alcançar.

Com todo esse movimento,

quero acabar por aqui,

Mas bate no meu peito a saudade

dos que tiveram que partir.

Um dia chegaremos ao mesmo destino,

chegaremos ao fim de nossa vida,

mas, o belo de tudo é que por mais difícil,

o final teremos venceremos a lida.

Talvez não me deem valor,

os que em meu vagão entraram,

mas, sei que com eles aprendi,

e em mim alguma marca deixaram.

Só queria apenas quatro nomes,

para serem eternos companheiros comigo,

pai, mãe, dois filhos,

serão pra sempre passageiros amigos.

Os meus pais já desceram, findaram sua jornada,

meus pequenos estão comigo, a trilhar tal estrada.

Espero que possamos nos encontrar no final,

e tenho certeza que onde iremos,

a dor não entrará e o o amor será total.

Everton Campos
Enviado por Everton Campos em 09/11/2019
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