A tatuadora

a tatuadora

sob a pele manchada de tinta

o seu coração manchado de sangue

mas não doi mais

as marcas do passado o tempo apaga

mas conserva bonito o delineado que agulha faz

sempre sozinha, destoando

nasceu para ser balde de tintas

em um mundo em preto e branco

bem ali quase invisível sua alma

vozes estranhas apontam suas diferenças e enxergam o as suas cores, mas nunca o seu vazio

pega papel e caneta e começa a desenhar a mão livre

sem saber bem seu destino

sob a pele manchada de tinta

o seu coração ainda batendo

uma confusão de rabicos contornam- lhe a silhueta

mas seu olhos ainda são os mesmos de menina

uma doce criança inocente que sonhava em ser somente ela

a crueldade do mundo lhe moldou mulher, mas a arte vive nela

e pra sempre

o seu corpo, sua tela

Grécia
Enviado por Grécia em 29/10/2019
Reeditado em 04/02/2021
Código do texto: T6782354
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