Antídoto

Trago boas notícias,

Dos tempos em que percorri o desconhecido,

Perambulando sem primícia,

Meu destino corrompido.

Todos esses longos anos,

Observando as manhãs isoladas,

Contando os infinitos enganos,

E escrevendo cartas nunca enviadas.

Desta vez eu trago a salvação,

Para o bem que se polariza,

A paz, o amor e a compreensão,

Ou o que você mais precisa.

Talvez agora possamos nos reencontrar,

Como pássaros migrantes,

Que para no Norte estão à voar,

Em busca das estações cintilantes.

Então contarei até dez,

Estarei aqui, lhe esperando,

Segurando o fôlego mais uma vez,

Enquanto o tempo está nos ultrapassando.

Um dia, os ventos da mudança,

Em formas de harmonias,

Nos trarão a esperança,

De uma vida de calmaria.

E poderemos cantar novamente,

Aquela última canção,

Que você me deixou, complacente,

E que eu nunca perdi do meu coração.

Me encontre no farol,

Eu lhe darei o meu antídoto,

Porém, estarei acima do sol,

Esperando meu garoto perdido.

Conseguiremos a nossa própria cura,

Por fim, a dor irá se romper,

E viveremos a alegria mais pura,

Essa é uma forma celestial de morrer.

Viajante atemporal
Enviado por Viajante atemporal em 28/10/2019
Código do texto: T6781411
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