Antídoto
Trago boas notícias,
Dos tempos em que percorri o desconhecido,
Perambulando sem primícia,
Meu destino corrompido.
Todos esses longos anos,
Observando as manhãs isoladas,
Contando os infinitos enganos,
E escrevendo cartas nunca enviadas.
Desta vez eu trago a salvação,
Para o bem que se polariza,
A paz, o amor e a compreensão,
Ou o que você mais precisa.
Talvez agora possamos nos reencontrar,
Como pássaros migrantes,
Que para no Norte estão à voar,
Em busca das estações cintilantes.
Então contarei até dez,
Estarei aqui, lhe esperando,
Segurando o fôlego mais uma vez,
Enquanto o tempo está nos ultrapassando.
Um dia, os ventos da mudança,
Em formas de harmonias,
Nos trarão a esperança,
De uma vida de calmaria.
E poderemos cantar novamente,
Aquela última canção,
Que você me deixou, complacente,
E que eu nunca perdi do meu coração.
Me encontre no farol,
Eu lhe darei o meu antídoto,
Porém, estarei acima do sol,
Esperando meu garoto perdido.
Conseguiremos a nossa própria cura,
Por fim, a dor irá se romper,
E viveremos a alegria mais pura,
Essa é uma forma celestial de morrer.