NO NINHO DOS TEMPOS
Sempre vencem as angústias.
Lamúrias, suas primas, fazem chacota.
Tristezas, tecem bordados.
Noite, dia, noite, dia....
Quanta espera!
Desespera essa mazela.
E o tempo, que não tem asas,
voa como um condor.
Nem sabe de sua essência de
intocável.
Saudade é assim também.
Mas não voa.
Abriga-se no ninho dos tempos.