A CHAMA PROTETORA
Chega a noite, fria e silenciosa
A temperatura cai gradativamente
O sereno impera e tão somente
A lua nova parece reinar sem pudor
As árvores permanecem quietas
E suas folhas não parece ter vida
Apenas o luar de forma atrevida
Domina aquele ambiente estranho
A estrada deserta, alguém desavisado
Caminhando sem temer o escuro
Imaginando estar ali bem seguro
Mas um uivo chama sua atenção
Fazendo seus passos se apressarem
Um homem de capa usando chapéu
Resolve parar olhando para o céu
Tem nas mãos, bem segura, a Bíblia
Clama ao Senhor para protegê-lo
Sai das entranhas do mato um vulto
Que até então se encontrava oculto
Resolvendo abordá-lo em pleno luar
O transeunte treme e mesmo indefeso
Levanta os seus braços, ora e clama
Junto dele surge então uma chama
Que afugenta de imediato a figura
O clarão encobre o prateado da lua
Deixando esse servo protegido
Que naquele momento foi ungido
Pelo poder que veio das alturas
O estranho seguiu seu caminho
Por onde por necessidade passava
Uma graça divina ali se processava