Minhas questões Belchianas
Ando meio atônito,
Ou até Antonio.
Sei lá se já não sei
Se quero mesmo isso.
Talvez eu realmente queira,
Ou seja só mais dos vícios.
Vício de qualquer coisa,
De nada querer pra depois,
Ou de nada querer pra agora.
Vício de ter mais de mim,
Ou até de perder o vício.
Pra novamente viciar,
E calcificar os ossos do ofício.
Não quero regra nem nada,
Quero uma balada nova,
Um carro a cem por hora
E me esquecer das teorias.
Ser eu mesmo,
Um cidadão comum,
Da foto 3x4,
E amar mais o meu dia.
Quero quebrar a frieza,
Ver o mundo em chamas.
Deixar de ser presa
Dessa vida leviana.
Sair do mundo corrido,
Deitar de novo na cama.
Quero somente viver
E relutar,
Pra poder afundar
Em minhas questões Belchianas.