VeraMente

I

Sou só uma

mentira bem

pregada,

Uma verdade

desnivelada

apresentada pelos

espelhos da vida.

Alguém das

promessas não

cumpridas, das

falas sem travas

de prosas sem

adorno e

desvalidas.

II

Do peito em

claustro e fel que

por dentre as

frestas obriga a

fronte a saudar

todos os dias ao

firmamento de

nuvens tangidas

da triste

conseqüência de

tudo que se disse

e não.

Pária esquecida

em tais

dissabores

d’alma contrita

às sombras deste

lume na doce sã

ilusão.

III

Do advertido

peregrino na

incauta vontade

de transgredir.

É quando

percebeis que o

sorgo cegou

terno

conspirando-me

a toda sorte que a

passo falso

perde-se o rumo

e herda-se o

inferno.

IV

Do aceitar que

todo caminho se

encerra onde

começa outro.

Mesmo que às

rochas culmine

ou ao fosso se

depare é mister

ao entendimento

que sempre há

uma forma de

seguir

V

Da vitória com

sabor das

derrotas que a

precederam.

O caiar do meu

sepulcro ao

pranto dos

impostores a

tingir célere esta

morada.

~x~

Rio de Janeiro, 10 de Abril de 2014.

DUARTE, Marcos Davi - Incautas e Trovas - Sonhos d'um Artífice de Letras; Rio de Janeiro: Ed. JD⪚ 2015.

Davi Duarte
Enviado por Davi Duarte em 17/09/2019
Código do texto: T6747473
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