A Cor da Tarde

I

Olhos d’um cair da

tarde,

De um pôr-do-sol

diferente, daqueles que

aquecem ao peito o

impulso que arde,

deixando-nos ávidos no

anseio do novamente.

II

Será por hercúleo

esforço não ver hoje

pelos olhos seus.

Tornar-me-ei assim cego

por então?

Eis aqui meus olhos.

Já não olham mais se

não for pelos olhos teus.

Pois quando aos olhos

fecho, os meus.

Doravante olho com os

olhos teus.

No que meus olhos já

não olham mais se não

for pelos olhos teus.

~x~

Rio de Janeiro, 10 de Fevereiro de 2014.

DUARTE, Marcos Davi - Incautas e Trovas - Sonhos de um Artífice de Letras. Rio de Janeiro: Ed. JD⪚ 2015

Davi Duarte
Enviado por Davi Duarte em 17/09/2019
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