FAIXAS
Sinto a pulsação das têmporas
feito ramos de varizes trêmulas
(polos elétricos que processam
a baixa voltagem do meu verso
que percorre a rede da palavra
e depois bate no vidro da janela).
O poema passeia nas pálpebras
fechadas, mas abertas do poeta.
Inauguro a cova da manhã extinta:
bebo a dose amarga da garrafa vazia.