O VENTO E A SUA MAGIA

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Lá chega o vento e num instante

de pequenino vira um gigante:

-não poupa nada, vira telhados,

invade a casa por vidros quebrados.

Não tem respeito, tira os chapéus

que logo espalha lá em cima nos céus;

ele adora fazer brincadeiras:

-da burguesia ignora as maneiras.

É uma criança com força de touro,

mas pode ser um menino de ouro:

-leva sementes pra longe na terra

e traz as chuvas que aguam a serra.

As aves temem seu pérfido efeito

(os peixes porém não tem preconceito);

as nuvens gostam da valsa do vento

enquanto o sertão aguarda sedento.

E quando explode com tanta energia

o matuto o apelida de ventania,

mas de repente se aplaca perplexo...

como um amante depois dum amplexo.

NOTA: Esse poema se encontra também no meu E-book intitulado: "Todos os Poemas" que pode ser baixado grátis na seção E-livros da minha escrivaninha.

Richard Foxe
Enviado por Richard Foxe em 15/09/2019
Reeditado em 26/09/2019
Código do texto: T6745718
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