Portas do azar
Nasceu o dia na sexta treze,
Simples como qualquer um
Eis que muitos não o sentem comum
Há quem nele se prese,
Taxa-o com as más energias,
O mal humor transforma-se em azar,
E torna-o os pior dos seus dias
O que mente planta o coração colhe,
Basta apenas tu acreditar,
A ignorância nos leva a estágios
A custa disso surgem presságios,
Gatos ganham toda atenção,
Pois para tudo há uma explicação,
Eles esquecem-se que somos movidos por energias,
O éter nos liga a natureza e mais,
Quando a esta não nos conectarmos, surgem as incertezas,
O caos lentamente se instala,
O medo surge diante da fala,
E a ignorância ninguém cala,
Desconfiamos até da nossa sombra,
Buscamos razões para encontrar culpados,
Benzemos os corpos para afastá-lo da alma,
É assim que modificamos o clima,
A ignorância abre a porta do azar,
Culpado serás tu, se com ele cruzar,
Procuramos inimigos imaginários,
Tudo por conta de um dia mal humorado,
Pois nos levantamos sem acordar às boas energias,
E como somos dogmáticos
Atraímos o negativos em nós,
Nos tornamos paranóicos,
Até ouvir certas vozes,
Porque nos moldamos com presunção,
Construindo monstros na imaginação,
Eis a razão da superstição...
Animais são estigmatizados,
Até mesmo mutilados...
Maltrata-los isso sim dá azar,
Não essa data mal gerida,
Que pessoas de mal humor inventaram,
Para realizarem seus ritos,
e espalharem seus pre-conceitos (...)
(M&M)