Pássaro Negro
Na escuridão,
Sombras que lentamente se movem.
Ouço vozes,
Doces palavras faladas em meu ouvido,
E que meu coração comovem,
À frente apenas o desconhecido.
Caminho por entre o nevoeiro pela noite enegrecido,
E de cumplicidade embebido.
Um sussurro, um segredo,
A eternidade... O eterno medo.
Uma suave mistura de prazer e voracidade.
Bebo do teu cálice de prata
O líquido escarlate me sacia e revela
A imortalidade que o pássaro negro na alma carrega.
Com um beijo minha vida ele sela.
No divino breu eu avisto perdido um velho conhecido
Que sobrevive e se esquiva pelo sereno da noite imortal
Onde agora eu também me abrigo.
OBS: poema dedicado ao amigo Kizzy Ysatis!!