EPITÁFIO DE UM POETA!
Quando eu não mais estiver nesse recanto,
Meu nome "jamais" será lembrado",
Sequer suscitado, em rodas de bate-papo,
Mesmo numa reunião "fortuita" de Literatos.
Os meus poemas, lançados aos ventos,
Não serão declamados por gargantas mudas,
Por bocas sequiosas de "alegrias e de gozos",
De corpos sedentos de "abraços" cálidos.
Bem mais fácil, sentir "minha graça" execrada,
O que fui, num sono eterno, no mais profundo
Dum "campo santo", com os dizeres: "Para sempre esquecido"!
E, não adianta dizeres: "Que terei encômios"!
Gritos "alucinados", de quem sente "minha partida"!
Alguma "alcunha", lembrada, um beijo sentido,
A sensação ímpar do "meu toque", em seu rosto.
Serei como um "sonho jamais existido"
Passos que jamais foram "esboçados".
Apenas "uma vida", um ser "nunca moldado"!