EPITÁFIO DE UM POETA!

Quando eu não mais estiver nesse recanto,

Meu nome "jamais" será lembrado",

Sequer suscitado, em rodas de bate-papo,

Mesmo numa reunião "fortuita" de Literatos.

Os meus poemas, lançados aos ventos,

Não serão declamados por gargantas mudas,

Por bocas sequiosas de "alegrias e de gozos",

De corpos sedentos de "abraços" cálidos.

Bem mais fácil, sentir "minha graça" execrada,

O que fui, num sono eterno, no mais profundo

Dum "campo santo", com os dizeres: "Para sempre esquecido"!

E, não adianta dizeres: "Que terei encômios"!

Gritos "alucinados", de quem sente "minha partida"!

Alguma "alcunha", lembrada, um beijo sentido,

A sensação ímpar do "meu toque", em seu rosto.

Serei como um "sonho jamais existido"

Passos que jamais foram "esboçados".

Apenas "uma vida", um ser "nunca moldado"!

Claudio Dortas
Enviado por Claudio Dortas em 11/09/2019
Reeditado em 11/09/2019
Código do texto: T6742564
Classificação de conteúdo: seguro