LANTERNA DOS AFOGADOS

Talvez um grito tímido

de uma voz num labirinto

imersa entre este ofício

de fazer da palavra, um vício,

e, invisível, o verso circula

na turma dos vagabundos

perto da luz e da balbúrdia

do gole raso na noite profunda.

O poeta não tem importância alguma.

E a água do poema não bate: afunda.