PERDIDO.
Procuro...
a proximidade da distância
no olhar que não me alcança
sem o compasso, sem a dança.
Percorro...
caminhos pela contramão,
atalhos de pedra e chão
sem saber do destino.
Avisto...
paisagens abstratas,
imagens indisponibilizadas
nas linhas despontilhadas.
Estaciono...
o veículo dos sentidos
num canto às escondidas
que é para não ser visto.
Adormeço...
sonhos em gestação,
insights da inspiração
para esquecer das manhãs.
Quem sabe assim,
o sorriso da musa
entenda minha recusa
de me sentir assim.
Assim....
sem que possa entender
e nada mais dizer
não me importa
perder-me por aí.
Autor: Julimar Antônio Vianna
29/09/2007