Tinha algo que não morria quando tudo morria...
 

 
uma mina com água fresquinha
terra farta para acolher os pés
grama verdinha pra respirar
a vida falava brincadeiras
no ouvido da criançada
uma paineira
um pé de maracujá
as jabuticabas brilhando no pé
a família inteirinha na varanda
contando causos ao vento
faziam a tarde parar para escutar
e a noite ficava tão distante do amanhã
o coração tinha sede
toda vez que abria minha janela
logo respirava o cheiro da rosca rainha
tão criança quanto eu
plantei meu coração,
na casa do João de Barro
vive lá até o amanhã...
o sol só se despedia na porteira
seguia a estrada a pé e só voltava no outro dia...



 
Vania Lopez
Enviado por Vania Lopez em 26/08/2019
Código do texto: T6729564
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